sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Protesto - As quatro entidades que representam os produtores rurais da Argentina aceitaram ontem, dia 19, uma proposta do governo para dialogar, mas ao mesmo tempo, anunciaram uma nova paralisação a partir de hoje, dia 20 - a primeira de 2009 - , após intensos protestos no ano passado.

Na próxima terça-feira, os dirigentes agropecuários se reunirão com a ministra de Produção, Débora Giorgi, mas até lá -mais especificamente, até o meio-dia de terça-, afirmam que manterão a pausa, deixando de vender carnes e grãos durante este período. Leite e demais produtos perecíveis serão excluídos da greve, e permanecerão sendo comercializados.

A crise entre governo e produtores no país teve como estopim um aumento dos impostos às exportações de grãos, em março do ano passado. Agora imagine o leitor se a cada aumento de impostos no Brasil, a classe produtiva, seja em qualquer setor, resolvesse simplesmente cruzar os braços? Da agricultura, à indústria de base, ninguém trabalha enquanto a carga tributária não for diluída. O que poderia acontecer?

Por aqui nada. Dificilmente esse dia chegará, pois um ou outro “trairá o movimento”. E mesmo que seja declaradamente contrário até o último fio de cabelo ao elevado número de impostos que pagamos, qualquer um que assumir as rédeas da situação, ao ser picado pela mosca azul, esquece-se do que disse e ao invés de cortar o mal pela raiz, faz justamente o contrário. Com o pretexto de abastecer às necessidades sociais do país e de sua gente, aperta o garrote ainda mais e suga até a última gota o sangue do contribuinte. Aquele que de fato paga a conta.

Associação que criticou PMDB tem multa comprovada - "Na minha opinião, é nítido que indicar para que não se vote em determinado partido em ano eleitoral caracteriza propaganda negativa", afirmou o juiz Márcio Vicari ao relatar recurso interposto pela Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (APRASC). A recorrente foi multada pelo juízo de 1ª instância por veicular em outdoor e Internet manifestações de insatisfação de uma classe profissional com o descumprimento de uma promessa assumida em 2003 pelo governador Luiz Henrique da Silveira, ano de promulgação da Lei Complementar 254, editada com o fito de reorganizar a estrutura e a remuneração dos profissionais da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa do Cidadão (policiais militares e bombeiros).

A posição do relator foi firmada sobretudo nas últimas frases presentes no manifesto, ao mencionar que os praças têm "254 motivos para não votarem no PMDB e seus aliados". No entendimento de Vicari, há inegável conotação eleitoral negativa expressa pois "os dizeres em questão certamente conclamam uma espécie de repulsa às candidaturas do partido recorrido, mormente quando em curso o ano eleitoral, de modo que restou caracterizada a realização de propaganda eleitoral negativa".

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