sábado, 29 de novembro de 2008


De mal à pior - Já se passou um ano, e a situação dos índios vindos de Torres (RS) e que hoje estão alojados precariamente em Três Barras, Morro Grande, é a mesma de quando chegaram. Vem e vão integrantes da tribo, porém sua alimentação, saúde e moradia é cada vez pior. Vivendo de um trocado aqui e outro ali, os indígenas definham sem um destino certo, e enquanto isso, autoridades como a Fundação Nacional do índio, parecem fazer pouco caso de sua pequena tragédia diária.


Perdas - As indústrias cerâmicas instaladas em Santa Catarina estão com a produção paralisada desde a última segunda-feira. Embora não sofram com inundações, como algumas cidades do Estado, as empresas sofrem a interrupção do abastecimento de gás natural depois que um duto rompeu na cidade de Gaspar.


Sem combustível para o processo de produção, as empresas dispensaram os funcionários para uma licença remunerada sem previsão de retorno. O concerto do duto pode levar três semanas. Depois disso, as empresas ainda precisam de mais cinco dias para retomar o ritmo. Com isso, as perdas em faturamento podem chegar a R$ 130 milhões em um mês.


Recuperação - O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), afirmou ontem, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá levar um mês a reconstrução das estradas após os estragos provocados pelas chuvas que atingem o Estado. Em janeiro de 2009, segundo Luiz Henrique, os trechos destruídos estarão reconstruídos ou serão feitos desvios que permitam aos veículos trafegar nas rodovias.

Durante as entrevistas que concedeu, principalmente as primeiras, logo após o início da tragédia, era clara a intenção do governador, entre suas palavras, de garantir um estado em ordem para receber o turista á partir de janeiro. Louve-se atitude do governador (que sempre projeta o passo seguinte) em preocupar-se com o setor que muito contribui para nossa economia. Nota-se também a imediata presença de L.H.S. nos locais das enchentes e desabamentos, assim como fez Espiridião Amin nas cheias de 1983 e 1984, como bons políticos os dois sabem como isso catalisa a atenção do eleitor.

Lei - Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil regional São Paulo (OAB-SP), Mário de Oliveira Filho, o cidadão que perdeu tudo e se encontra em situação de calamidade tem o direito de tomar alimentos sem pagamento para não morrer. Esse direito prevalece, segundo o advogado, sobre o direito do supermercado ou outro estabelecimento de manter os seus estoques de comida para vender.

Como acontece no Estado, devido à tragédia, o saque de alimentos pela população em grande parte faminta, não constitui crime, segundo o advogado. O que é inadmissível é marmanjo furtando à luz do dia cerveja e cigarros para sustentar o vício.

Nenhum comentário: