O Hospital São Roque, de Jacinto Machado, com a ajuda da população local, empresários, poder público, seu corpo clínico, demais funcionários, Associação de Voluntárias do Hospital São Roque e sua diretoria tem buscado sanar todas as suas dívidas, e ainda assim melhorar e expandir seu atendimento. “Isso requer um esforço enorme e brigamos por este hospital que todos ajudaram à construir em 1951.”, diz seu atual presidente Ari Possamai Della.
Porém o hospital dá sinais claros de que se essa recuperação não acontecer logo, corre sério risco de fechar suas portas. Essa semana cinco hospitais das cidades que compõem a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Araranguá aderiram ao Projeto do Governo do Estado de Cirurgias Eletivas e juntos deverão realizar 540 cirurgias durante o mutirão.
Quanto à não participação no mutirão das cirurgias eletivas do governo do Estado, a alegação da diretoria do Hospital São Roque é que o problema é a falta de profissionais médicos. “Nós só temos um médico atualmente em condições de trabalho. Ele nos informou que teria condições de realizar no máximo cinco cirurgias dessas por mês e foi o que dissemos na reunião da última sexta-feira na SDR. Porém, a Gerência Regional de Saúde descartou essa possibilidade, alegando que assim não seria possível.”, finaliza Ari Possamai Della.
Aderiram ao mutirão o Hospital Regional de Araranguá, o Hospital São Judas Tadeu (Meleiro), o Hospital São Sebastião (Turvo), o Hospital Santo Antônio (Timbé do Sul) e o Hospital Dom Joaquim (Sombrio). Nesse contexto, o São Roque foi o único à não ser beneficiado pela medida.
A Gerência
Segundo Patricia Gomes Jones Paladini, Gerente Regional de Saúde da 22ª SDR de Araranguá, foi feito um estudo da capacidade instalada de cada hospital, esta capacidade foi encaminhada pelos hospitais para a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e para a Gerência Regional. “Quanto ao número de cirurgias que cada hospital vai realizar, foi feito usando o critério da sua capacidade.”, coloca ela.
De acordo com o setor de cirurgias eletivas da SES, a capacidade instalada do Hospital São Roque era pequena, porém a Gerência de Saúde da 22ª SDR solicitou novamente que fosse aceito sua adesão, mesmo contemplando poucas cirurgias, pois entendemos que sua participação será positiva para região.
”Nós, da regional encaminharemos as AIHs( autorização para internação hospitalar) para os hospitais que aderiram ao Projeto de Cirurgias Eletivas. Quem realiza o pagamento é o hospital onde o profissional vai realizar o procedimento.”, finaliza Patrícia ao explicar a forma de pagamento das cirurgias realizadas no mutirão.
Para incentivar os hospitais e profissionais a serem parceiros da SES neste mutirão será destinado um prêmio de R$ 15 mil para cada 50 cirurgias que forem realizadas, depois, fica a critério do hospital qual a finalidade do prêmio.
Amanhã, matéria completa no Jornal do Sul.
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