segunda-feira, 19 de janeiro de 2009


Um bar, um barzinho e um violão

Não é segredo para ninguém que a qualidade das músicas compostas e cantadas na atualidade deixa à desejar, principalmente se comparada ao que era produzido pelos artistas até a década de 80. De todos os ritmos, de sertanejo raiz até o samba, hoje infelizmente, de todos os fatores, o que acaba determinando o sucesso de uma canção, o que menos importa é sua representatividade de sua letra ou a sonoridade de sua melodia.

E foi numa tarde chuvosa de quinta-feira, que nossa reportagem encontrou em um bar no Centro de Timbé do Sul a figura conhecida na cidade do senhor Alcides Stecanella, na altura de seus 54 anos de experiência, bem vividos, diga-se de passagem. Engenheiro Civil formado em faculdade do Rio Grande do Sul, ele revela que a música sempre foi uma de suas paixões. “O que eu aprendi deve-se ao maior músico de Timbé do Sul já teve, o senhor Odair Búrigo, e também ao que aprendi com os livros de escalas.”, fala Alcides.

Participante de um concurso conhecido de música da região, o Curió de Ouro, que acontece paralelamente à Festa do Colono de Turvo, quando por detalhes não foi o vitorioso, ele possui mais de vinte músicas de sua composição. Músicas como “O Despertar da América” de cunho político (dos tempos em que era estudante na ditadura militar), “Fragmentos” e “A Sinfonia Com a Vaca Pastando”, fazem desse timbeense um ponto de referência da cultura musical da cidade.

“Cresci admirando pessoas como o inesquecível Vitor Canela, o maior de todos os tempos e que ensinou acordeom á músicos como Sivuca e Dominguinhos, nascido em Meleiro, e nosso professor aqui, o senhor Odair Búrigo. Tenho muitas saudades deles, mas também gosto muito quando ainda ouço no rádio os Los Vignales que até hoje estão na ativa.”, finaliza Alcides antes de puxar do violão e seguir cantando com seus amigos em um dos bares de Timbé do Sul.

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