segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ferimento Aberto

O gesto de Eduardo Pinho Moreira, que culminou com o anúncio de hoje pela manhã em Florianópolis, pode ter decretado definitivamente uma espécie de morte política, ao menos no que tange à futuras e maiores aspirações do médico lagunense. Sua atitude de "sacrifício" para manter oxigenada a tríplice aliança em Santa Catarina, teve, na verdade um outro significado, muito claro para a grande maioria da militância.

Para aqueles que o acreditavam como sendo a figura que seria a redenção do Sul do estado, politicamente falando, seu novo posicionamento serviu como uma grande e pesada pá de cal nas pretensões de desenvolvimento da região mais pobre de SC. Não importando o partido que este defendesse.
Já para outros, os correligionários, Pinho Moreira, maculou por um bom tempo a imagem do peemedebista vermelho e de cruz na testa. Onde ele mesmo era o grande defensor, diante da idéia em curso, do PMDB servir apenas como coadjuvante para a candidatura dos democratas.

Mas para quem era contrário à sua intenção, esta segunda-feira foi na verdade um dia de vivas! Quem conhece, por exemplo, o Norte de Santa Catarina e a região da Grande Florianópolis, sabe do que falo. Para aqueles catarinenses, merecemos, de fato, todo o atraso que historicamente vivemos.

Para eles, indiferente de partido que o sujeito defenda, somos uma gente que a palavra empenhada não tem lá seu significado muito valorizado. No momento de união, nos dividimos. Ainda, para eles, não sabemos direito o que queremos, se nossa prioridade é um aeroporto, uma estrada, ou centenas de verbas de gabinete para comprar centenas de tratores.

Pelo visto, aquela velha vontade e desejo de elegermos um governador sul-catarinese, vai demorar um pouco, até que se torne realidade. Até lá, temos a obrigação, de "produzir" novos políticos, que traduzam em palavras e ações, de fato o que necessitamos.

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